terça-feira

Docs In Rio ou o Super 8 vai salvar o mundo

Então, vamos a uma lista de documentários. Nada de crônicas, como é de praxe - mesmo que sem regularidade e visibilidade - adotando a onda de não às crônicas virtuais. Não gosto de escrever sobre cinema. Cinema é audiovisual. Vá lá e veja, acho que isso resolve. Muitos do que escrevem resenhas e críticas no jornalismo da grande imprensa fazem - só - com que os filmes não sejam vistos. Quando se fala de documentário é pior ainda - uma canetada de um maldito bonequinho põe tudo a perder. Tudo bem que se o Doc do Tendler não vingar vai passar no Futura mesmo.

E quem assiste documentários no Brasil? E quem paga os documentários do Brasil?

Vamos aos Docs:

Bobby
É suspeito escrever sobre esse filme. Não quero um presidente americano salvando o mundo. Mas as caras não têm mais saídas. O que dá pra esperar de um Bush? Tá fudendo todo mundo. Então, o cara constrói o mito de um quem-sabe-presidente - que morre, é lógico, é a saga dos Kennedys - a partir de imagens da época. Boby não aparece em momento algum do filme. Então, a trama vale cada caríssimo centavo. Pelas imagens documentais, pela trama bem construída e pelo LSD! Vida longa ao Super 8!

Person

O super 8 salva a vontade de fazer cinema. Marina – vida inteligente na MTV! - constrói o personagem do pai a partir de uma grande pesquisa, olhando pra si e pras lacunas que deixou seu pai – morto em um acidente de carro. Levanta um arquivo de imagens belíssimas e depoimentos que dão a real força que o cinema de Person teve. Lembro de assistir o filme com a presença da diretora em um festival de cinema universtitário. Não dá pra negar o carisma da Marina. E não dá pra negar que é um projeto de cinema - e um cinema do Brasil.

Fabricando Tom Zé

Nem precisa falar. É o Tom Zé. O grande trabalho fica pro diretor em conseguir montar um material infinito de forma atraente. E o super 8 salva tudo!

O último Bandoneón

Aqui tem um bom doc. Pela música argentina. Pelas imagens. Por construir a história de uma cultura musical a partir de um instrumento perdido no tempo. O doc-drama tem um tipo de problema-solução: salvar a história, juntar os elementos e, fazendo isso, é mais fácil o erro e a pieguice. Dane-se o erro. O diretor conseguiu achar a medida de atuação e documento. Vale. Mas não tem super 8!

O fim do sem fim

Fica pro fim. Pro fim de semana.

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