quarta-feira

Sintaxe de regência.

Ela estava linda. Não sei se era noite. Repetido não era. Não havia estrelas para questões de lembrança de romantismo época. Era linda e não havia estrelas. Era mais ou menos tudo laranja e, como numa cidade grande - qualquer - as estrelas se vão.
Mas então por que razão eu escreveria coisa parecida?

É, pois, a, razão, era que, passou, um, barco. No meio da rua passou um barco. Era estranho pois não tinha mar. E nem ilha desconhecida para chegar. Não tinha mar e passou um barco. Na rua. Laranja. Estrelas? Era linda. Nada demasiado. Era noite e o calor já pensava em habitar nossas vidas. Vamos?

A tampinha do refrigerante que a gente não abriu: qual o time ganhou o campeonato brasileiro de 1997? O Vasco. Eu sabia. A resposta já estava lá. Era engraçado pois eu lembrava do tempo que amava. Do tempo que futebol. Importante. Eu lembrava de coisas. Eu simplesmente lembrava. Esquecia. Lembrava.

Me responde por favor minha: onde eu coloco essa vírgula? É. Pois. bêbado você sabe essas coisas de vírgula somem. Atropelam.

O barco passa pra lá. Eu passo pra cá. Ilhas não há. Pra cá. Mas o barco sabe sempre o caminho. E algum dia ele habitou estaleiro longe da lagoa. Ele precisa de rua. Ele precisa de laranja. De postes de mercúrio. E quase por isso eu estranhava a noite. Algo de estranho andava. Por aí.

estaleiro

s. m.
1. Lugar onde se constroem ou reparam navios.
2. Armação sobre que assenta a pedra que o escultor utiliza para as suas obras.
3. Átrio, terreiro, rossio.
4. Bras. Leito de paus sobre forquilhas em que se põe a secar milho, carne, etc.

Algo acontece.

Um comentário:

Rafael Cavalcanti disse...

Garçom, traz mais uma aí!!!

Hahahaha...bela viagem, Renazin. E olha que nem precisou pegar carona no barco.

hehehe