quarta-feira

Perdidos e achados

Cheguei em casa, entrei no quarto, e quando me dei conta...ela não estava lá.

Por um instante achei que tivesse me enganado. Onde será que poderia estar? Comecei a procurá-la pela casa inteira.

Mas...que nada. Nem sinal. Nem sombra. E nenhuma resposta aos meus apelos.

Então, talvez...bem...estivesse na padaria. É...às vezes ela ficava por lá naquele horário, esquecida ali pelo balcão. Não custava nada ir verificar. Então, coloquei os sapatos, desci as escadas e fui atrás dela.

Pela rua, a angústia era enorme. Como isso podia ter acontecido? Não era possível que eu a tivesse perdido assim, num mísero instante. Não era possível que tivesse sumido sem mais nem menos, sem motivo, sem razão. E ela era tão importante para mim...e sabia bem disso.

Cheguei na padaria, e em vez de perguntar por ela, saí procurando. Passei o olhar por todos os cantos, todos os lugares, da porta à entrada da cozinha, e nada. Do balcão à caixa, nada ficou por ser verificado. Perguntei por ela.

Nada.

Voltei para casa desanimado, desolado, as mãos nos bolsos. Subi...e tive um estalo. Fui verificar o armário.

Vazio. Lá dentro não havia nada. Absolutamente nada. Fiquei desolado.

E num instante, percebi tudo. Era tudo tão claro para mim. Tão óbvio. Já sabia onde ela estava, e tinha de ir atrás dela o mais rápido possível.

Voltando à sala, mexi nas malas que havia comprado e arrumado naquele dia mesmo. Que cabeça a minha...esquecer uma coisa como aquela. É claro que ela só podia estar lá.

Em uma das malas, puxei uma etiqueta e verifiquei que havia um telefone. Peguei o celular e disquei.

Contei a história a quem atendeu do outro lado. Perguntei por ela. Tinha que estar lá.

Nada.

A busca foi em vão.

Nunca soube onde diabos perdi a droga da minha carteira.

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