segunda-feira

Capitão Gancho

Ando sem ganchos novidadeiros. Pensei em começar falando da famosa crise, que todos acompanharam desde cedo mas, num exercício meio sadomasoquista, esperaram feder para (tentar) fazer alguma coisa. Mas quem não sabe disso? Os dois jornais que li no domingo seguiam no clima "salve-se quem puder" - até exacerbadamente - mas não pretendo entrar nesse mérito.

Não queria gastar a ponta dos meus dedos discorrendo nesse espaço virtual sobre a popularidade estrondosa do presidente Lula. Todos já sabem disso. É a tal prosperidade. Os que não gostam do Lula - um grupo que mingua a cada dia - continua reclamando com a mesma ferocidade e sangue na boca. O operário nordestino incomoda a classe média sulista. Qual é a novidade disso?

Obama? Pfff. Já não agüentamos mais ouvir sobre o presidente eleito do Império. E olha que o negão nem assumiu ainda. Além do que, passado o efeito do marketing esperançoso made in USA, ele vem se mostrando cada vez mais branco. Ficou chato e sisudo. Prefiro o Will Smith.

Tampouco poderia argumentar sobre o ano que ainda não acabou. Nasci em 1984. Logo, 16 anos depois dos acontecimentos que marcaram o século XX. Já revivi 1968 em filmes, livros, artigos, reportagens, quadros, músicas e relatos. Gosto do assunto, mas vamos combinar que saturou também.

Show da Madonna? Passo. Livro novo do Paulo Coelho? Ignoro. Atentados em Mumbai? A cobertura foi muito enfadonha (se comparada à pirotecnia hollywoodiana do 11/09/2001). Tragédia em Santa Catarina? É, realmente, foi bastante trágico.

Não sobra muita coisa. Mas vocês perceberam como o tempo mudou e hoje de tarde já batia um vento de chuva?

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