segunda-feira

Sintra is a Beautiful Place to Die



Ando por Sintra. Nem tenho mais ruas para dobrar. Ruas que não conheça de por menor. Ando por Sintra por uma força que não sei. Não era para andar em Sintra. Era pra ficar em casa e nada fazer até um sol virar lua. Era para dormir. No meio do caminho: um frio de cortar pedra. No meio do caminho: pedras a olhar montanha. Desde quando - fugitivo - do Brasil, Sintra me apetece, muito por conta de histórias dos outros em relação ao Glauber Rocha. Nunca vi rastro dele por aqui. Espero um dia assistir Diários de Sintra.
Ainda acredito que vou - outras vezes - ver, andar, café, pedras, ruas...
Bons autores quiseram Sintra. Byron. Nem mais uma citação, pois na labuta de ontem à noite estou com preguiça de catar canetas e papeis. Alguns quiseram morrer. Glauber Rocha.
Não quero morrer em Sintra. Há um sol diferente por aqui. Glauber chegou por aqui pela estação de trem "Grande Velocidade". E se esse lugar parou no tempo é porque se chega por aqui por outra dimensão. Alguma magia acontece. Quem chega na estação da Grande Velocidade tem que parar. Não há outro lugar no mundo para ir. É a ultima estação. Um pouco mais e... é o mar... e é a América...

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